Ivan Achcar


Achcar se interessou pela cozinha tarde.
Só a descobriu quando foi para Miami, nos Estados Unidos, para estudar música –além de Chef, ele é guitarrista.
Lá, ele começou a trabalhar com importação de alimentos, passou a ficar cada vez mais próximo dos ingredientes, a cozinhar em casa e a fazer jantares para os amigos.
“Comecei a fazer uma feijoada que reunia muita gente e, na volta ao Brasil, fui estudar gastronomia”, lembra.
Hoje, o único instrumento que toca é o fogão.
Todavia, o caminho até se tornar Chef de uma casa não foi tão fácil assim.
“Tive sorte. Uma professora do curso me chamou para trabalhar com ela e eu pude vivenciar a diferença entre a cozinha na teoria e o trabalho real”.
Para o Chef, existe uma defasagem muito grande entre o que se ensina e o que se faz na prática.
A formação de um cozinheiro no Brasil é feita de modo desregrado, não existe um padrão técnico.
Na Europa, o Chef tem um caminho a seguir, diz.
Logo na primeira experiência, Achcar descobriu que precisava de muito mais do que base teórica para ser um Chef e passou por um período de “internação” na cozinha.
Busquei livros na internet, fiquei na cola de alguns Chefs conhecidos e me tranquei na cozinha.
Para isso, abri um bufê, afinal, precisava unir o útil ao agradável, explica.
Após esse processo, ele acredita que chegou a um estilo próprio.
Ser Chef de cozinha é como tocar jazz, você aprende técnicas, escalas, ouve John Coltrane e depois interioriza isso tudo e passa a improvisar e tocar do seu jeito teoriza.
Sua primeira experiência como Chef de cozinha foi no Épice.
Lá ele começou a moldar o que chama hoje de cozinha paulistana, formada por referências de outros países.
Aqui em São Paulo existe uma cultura muito própria de cozinha.
Um quibe, por exemplo, é feito com carne de carneiro no Líbano, mas aqui é com carne de vaca, diz.
Segundo ele, essas adaptações de cozinhas diversas criou um gosto único.
O Chef acredita que o conceito é posto em prática em alguns pratos do Café Journal, como o lombo de bacalhau com feijão-fradinho e couve.
Também há releituras, como a coxa creme feita com a coxa da asa da galinha.
Contudo, ele acredita que o trabalho está longe de terminar.
Falta pouco para a casa chegar onde nós imaginamos, mas esse processo é um ciclo e o trabalho não tem fim. Nunca.
Fonte: http://guia.folha.com.br

Chef da Casa da Fazenda e Café Journal

Receitas do Chef Ivan Achcar:

Arroz Integral 05
Espaguete com Frango Caipira
Leitoa Assada 02
Peru na Churrasqueira
Tropeiro de Feijão Fradinho
Feijão Bolinha com Costelinha Salgada e Paio

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.